Parkour:
Origem e aplicação
O
Parkour, como método, foi desenvolvido na França durante a década
de 1980, baseado no Método Natural e no Parcours du Combattant, que
tem sido usado como base para treinamento militar. (LEITE et al.,
2011)
O Método Natural (MN) partiu
da observação dos gestos apresentados por tribos africanas, ao
lutar, correr e caçar, utilizando o próprio corpo, como seus
ancestrais faziam. Foi então que Hérbert, contrariando os métodos
de ginástica preconizados no seu tempo, formatou esse novo sistema,
no qual o indivíduo imita os movimentos utilizados para o
deslocamento no meio ambiente, tais como em árvores, pedras e locais
mais baixos que exigem o uso de quatro apoios, carregar objetos,
agarrar-se em algo, ou rastejar-se (STRAMANDINOLI et al, 2012).
Em questão
filosófica, o MN institui como base “Ser forte para ser útil.”
(“Etre
fort pour être utile”),
que para seu criador, Georges Hébert, tinha em seu sentido
necessidade do desenvolvimento completo (físico) e útil, onde todas
as características obtidas com o ganho motor, moral e viril pudessem
ser representadas no dia a dia.
A imagem de praticantes de
Parkour vem mudando com os anos, passando de jovens a margem da
sociedade e vândalos, para seu real posto que é o de atletas e
ativos praticantes do altruísmo, e do autoconhecimento.
O posicionamento de uma
subcultura é adequado na descrição do Parkour pois como foi dito
por Carvalho R.G. e Luiza A. “apesar do conceito de subcultura ser,
atualmente, algo problemático no estudo da juventude, pode ser uma
ferramenta conceptual útil em contextos como o desporto, onde a
pertença subcultural não se restringe a grupos ‘juvenis’.
Dentro da área da atividade
de aventura são poucos os temas abordados com o formato de
workshop, por conta de sua complexidade e ,muitas vezes, por falta de
materiais ou locais adequados para a prática. Aos que são
adequáveis as limitações de locais menores e com a necessidade de
poucos materiais, encontramos o Parkour .Uma opção ideal para o
desenvolvimento motor, social e filosófico muitas vezes procurado
por escolas entre outras entidades educacionais.
A função
de um workshop é, compor em um formato diferenciado, uma “oficina”
cultural, filosófica e de melhorias tanto motoras quanto
psicológicas, fugindo de um “background”
comum de trabalho ou estudo. Existem milhares de temas para o
desenvolvimento de workshop, inúmeras áreas se utilizam de seu
formato para uma “aula” com uma feição de veras diferenciada.
Instituir
uma base para guiar a junção de Workshop e Parkour é simples
comparado a dificuldade do teste de sua aplicabilidade em diferentes
áreas e zonas de São Paulo. No entanto, existe uma grande aceitação
por conta de publico geral quando o tema Parkour é a discussão. Por
conta de ser uma pratica ,relativamente, nova no Brasil, a
curiosidade por conta de novos conhecimentos motores chama a atenção
e agrada uma grande maioria das pessoas.
Estrutura
de aula
Divisões:
Divisões:
Podemos
dividir as estruturas de aula de Parkour por idade. Para crianças (8
a 12) existe a necessidade de agregar os valores e a filosofia de
forma, quase que, teórica, para que assim depois consigamos
trabalhar os movimentos. Caso contrário a prática seria apenas mais
uma ginástica funcional. E aos interessados, com idade inferior aos
8 anos, devemos aumentar os cuidados, por conta, principalmente, dos
fatores : coordenação motora, nem sempre tão dominado e
compreensão das próprias dificuldades. Sendo assim necessária uma
turma especifica na maioria dos casos ( de 6 a 8).
A partir
do início da adolescência até (dos 13 aos 16) existe a facilidade
de integrar os princípios a prática em tempo real. Durante
exercícios é possível comparar situações e dessas situações
tirar lições validas para a vida.
Depois dos 16 anos a praticas vai buscar o lado lúdico para atrair a atenção da formação adulta ao seu lado infantil. Relembrando que os movimentos naturais fazem parte do nosso repertorio, porém esquecido, gracas a enumeras normas sociais.
Depois dos 16 anos a praticas vai buscar o lado lúdico para atrair a atenção da formação adulta ao seu lado infantil. Relembrando que os movimentos naturais fazem parte do nosso repertorio, porém esquecido, gracas a enumeras normas sociais.
Em
resumo, o Parkour funciona como uma ferramenta de interação
interpessoal e intrapessoal, nos colocando em contato com outras
pessoas (que por vezes tem, ou não, as mesmas dificuldades que as
nossas) e com nos mesmos.
Composição do tempo de aula
Kid's ( 6-8 e 8-12).
1hora de aula
15 min (Alongamento , Aquecimento e Reconhecimento de Pico* [spot] e explicações do treino)
10 min (Brincadeira ou Treino físico básico)
20 min (Treino técnico [uma ou duas técnicas] e Desafios)
15 min (Volta a calma e Alongamento. Conversa sobre o que foi
aprendido.)
Teen's (12 – 16)
1h10min
15 min (Alongamento , Aquecimento e Reconhecimento de Pico* [spot] e explicações do treino)
10 min (Brincadeira ou Treino físico básico)
30 min (Treino técnico [uma ou duas técnicas] e Desafios)
1h10min
15 min (Alongamento , Aquecimento e Reconhecimento de Pico* [spot] e explicações do treino)
10 min (Brincadeira ou Treino físico básico)
30 min (Treino técnico [uma ou duas técnicas] e Desafios)
15 min (Volta a calma e Alongamento. Conversa sobre o que foi
aprendido.)
Advance (16 - …)
1h10min
15 min (Alongamento , Aquecimento e Reconhecimento de Pico* [spot] e explicações do treino)
10 min (Brincadeira ou Treino físico básico)
30 min (Treino técnico [uma ou duas técnicas] e Desafios)
1h10min
15 min (Alongamento , Aquecimento e Reconhecimento de Pico* [spot] e explicações do treino)
10 min (Brincadeira ou Treino físico básico)
30 min (Treino técnico [uma ou duas técnicas] e Desafios)
15 min (Volta a calma e Alongamento. Conversa sobre o que foi
aprendido.)
Apesar de todos os
planejamentos serem semelhantes, as propostas de movimentos são
gradualmente mais difíceis. Isso faz com quem, um iniciante consiga
estar no mesmo treino de um avançado. Todos temos como desfazer e
refazer um movimento difícil de uma maneira mais fácil.
A dificuldade do Parkour está em 2 pontos:
-Física: Exaustão por
repetição, distancia e altura.
-Psicológica:
Velocidade de assimilação da técnica( tanto para iniciantes quanto
avançados) e medo.
Autor
Leandro “Down” Fernandes é praticante de Parkour desde 2009 e acrobata desdo ano seguinte. Praticante de kung-fu por 10 anos. Trabalhou como Dublê, assistente técnico de Ginastica Artística, além de organizar, coreografar e apresentar shows e workshop com Parkour , Circo e Acrobacia. Professor e preparador físico de Escalada Esportiva. Professor por 2 anos no primeiro centro de treinamento especializado em Parkour do Brasil (Tracer Parkour).
Leandro “Down” Fernandes é praticante de Parkour desde 2009 e acrobata desdo ano seguinte. Praticante de kung-fu por 10 anos. Trabalhou como Dublê, assistente técnico de Ginastica Artística, além de organizar, coreografar e apresentar shows e workshop com Parkour , Circo e Acrobacia. Professor e preparador físico de Escalada Esportiva. Professor por 2 anos no primeiro centro de treinamento especializado em Parkour do Brasil (Tracer Parkour).